Uma equipe de aproximadamente 15 profissionais realiza na manhã desta quinta-feira (23) a cirurgia de separação da gêmeas siamesas que nasceram no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. A decisão de fazer o procedimento, de forma emergencial, apenas um dia após o nascimento, foi tomada em virtude de um problema cardíaco que uma das irmãs possui.
De acordo com a assessoria de imprensa do HMI, a operação começou às 9h e deve durar cerca de 3h. A mãe da meninas, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, saiu de Salvador (BA) com o marido para realizar o parto em Goiânia. Ela está internada Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HMI e seu quadro de saúde é considerado bom.
As gêmeas nasceram na manhã de quarta-feira (22), na 37ª semana de gestação, pesando juntas 4,785 kg. Unidas pelo tórax e abdômen, elas compartilham somente o fígado. Logo após o parto, elas foram encaminhadas para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.
O boletim divulgado nesta manhã, antes da cirurgia, apontava que elas respiravam normalmente. O estado de saúde de ambas é grave, porém estável.
Segundo o hospital, não há previsão de alta tanto para a mãe, quanto para as recém-nascidas.
Referência
O HMI é considerada unidade de referência no parto de siameses. É o único hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) habilitado para realizar cirurgias de separação. Já foram registrados 38 casos, com 18 separações, contando a que está sendo realizada.
O último parto de siameses havia ocorrido em 23 de maio deste ano. Uma empregada doméstica do Tocantins deu à luz a duas meninas unidas pela cabeça, tórax e parte do abdômen. As bebês morreram duas horas depois.
O primeiro caso de separação de siamesas ocorreu em 2000. Larissa e a irmã Lorrayne nasceram em setembro de 1999 em Goiânia. As gêmeas eram unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. Elas foram separadas aos 10 meses de vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário