A construção de um presídio que deveria ser entregue no final do ano está parada por falta de recurso, que não foram pagos pelo governador do estado, Pedro Taques (PSDB).
A solicitação para a construção do presídio em Peixoto de Azevedo é de 2011, mas só em agosto de 2012 as atividades foram iniciadas. Mas desde lá, a obra foi interrompida três vezes por falta de repasse financeiro, que deveriam ser feitos pelo governo de Mato Grosso.
Os presídios são construídos com recurso da União, que repassa os valores aos Estados, que em contrapartida devem contribuir com 10% da obra. Mas o governo de Mato Grosso não cumpriu com a sua parte.
Conforme a Secretaria de Justiça já são 150 dias de atraso do pagamento de mais de R$2 milhões para a construtora.
O presídio tem cela para 300 detentos e representaria um desafogamento da superlotação nos presídios de Mato Grosso.
Num período normal um presídio do mesmo tamanho demoraria um ano para ser construído, mas a obra em Peixoto de Azevedo já dura sete anos.
Já em fase final a construtora e os funcionários aguardam o pagamento para voltarem às atividades da obra, que é de suma importância para a segurança da população mato-grossense.
De acordo com o presidente do Sindicado dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, a paralisação da obra é um prejuízo para a sociedade. "É na verdade um crime contra a vida de pessoas inocentes, que acabam muitas vezes sendo mortas, assaltadas, por criminosos que deveriam estar na cadeia e não estão, porque o estado não investe na ampliação de vagas, visto que muitos criminosos estão com mandado de prisão em aberto e não é cumprido por falta de unidade penal", relatou.
O presidente alegou que Mato Grosso necessita da construção de 5 mil vagas prisionais, para que seja possível realizar o trabalho de ressocialização. "Não é preciso apenas construir vagas, e sim construir Penitenciárias Industriais com espaço para o preso ficar recluso e onde ele possa trabalhar durante o dia, pagar pela sua pena e pela despesa que atribui ao estado", pontuou.
Além disso, o Sindspen afirma que as unidades penais também possuem o déficit de 1.400 servidores penitenciários, que prejudicam a execução de um trabalho humanizado. "Mesmo com os candidatos aprovados no último concurso, mas ainda não nomeados, que somam um total de 1.300 (mil e trezentos), ainda faltariam servidores para preencher a insuficiência do Sistema Penitenciário", concluiu.
Fonte: http://www.muvucapopular.com.br/governo/presidio-tem-obra-parada-por-falta-de-pagamento-do-governo-taques/21439
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