Até o final deste dia, 32 pessoas vão cometer suicídio no Brasil. Nove, em cada dez mortes poderiam ser evitadas se a pessoa tivesse recebido amparo de parentes e amigos e ajuda psicológica a tempo. Na busca por diminuir esses dados que constam no último levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Hospital Municipal São Benedito, deu sequência nesta terça-feira (18), aos trabalhos do ‘Projeto Acolher’ com palestra do Centro de Valorização da Vida (CVV).
O diálogo foi conduzido pela voluntária do CVV, Gladis Cassel que está na atividade há mais de dois anos. No ato, ela abordou as principais formas para identificar a idealização e prevenir o suicídio. Segundo ela, entre todas as técnicas aplicáveis, o diálogo e a atenção ofertada à pessoa que está doente são considerados um dos melhores remédios. “Pessoas que querem suicidar-se não querem acabar com a vida, querem acabar com a dor. Dessa forma, concluímos que a prevenção acontece quando temos um olhar atento para os outros. Vale lembrar que todo ser humano tem capacidade de crescer nas adversidades basta que a gente dê condições para que ele encontre o caminho. Por isso, a escuta e o amparo são fundamentais na prevenção ao ato suicida”, explicou.
Informando que já passou pela experiência da idealização suicida na própria família, a recepcionista Mailla Cristina Damásio, de 31 anos ressaltou a importância da palestra para sua vida e condução enquanto profissional. “Me identifiquei muito com diversas coisas faladas na palestra, pois já passei por episódio semelhante na minha família. Entretanto, mais importante que isso, aprendi a me autoavaliar para melhorar a minha condução enquanto pessoa, seja em meu ambiente familiar ou mesmo no trabalho. Abraçar mais, dar um sorriso, perguntar se a pessoa está bem, são coisas mínimas que podem fazer a diferença na vida de quem precisa de ajuda. Esses ensinamentos de hoje, levarei para a vida inteira”, disse.
O PROJETO - Criado na última semana para prestar suportes psicossociais contínuos aos servidores do São Benedito, além das palestras semanais, o projeto ‘Projeto Acolher’ está proporcionando rodas de conversas e atividades fisioterápicas. Com base nisso, o evento teve início com a fisioterapeuta Alessandra Rinschede que aplicou ginástica laboral – Série de exercícios físicos realizados com o objetivo de melhorar a saúde e evitar lesões dos funcionários por esforço repetitivo e algumas doenças ocupacionais. No período da tarde, a psicóloga Flávia Guedes Saldanha e a assistente social Jaklyne de Arruda Soares - idealizadoras do projeto, deram sequência aos trabalhos com a oferta de acolhimento e escuta especializada e individualizada.
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