O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), rebateu as críticas da correligionária, a deputada estadual Janaina Riva, que afirmou ser insustentável a permanência do gestor no Movimento Democrático Brasileiro por causa das 18 operações policiais envolvendo o Palácio Alencastro, sendo que 14 delas estão relacionadas a fatos envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde. Pinheiro reagiu dizendo que a parlamentar não tem “moral” para fazer qualquer crítica direcionada a ele porque o pai dela, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva, desviou, segundo Pinheiro, cerca de R$ 500 milhões de recursos públicos. Emanuel sustenta ainda que nenhuma investigação comprovou sua participação do gestor em qualquer ilicitude investigada nas operações da Polícia Civil e da Polícia Federal envolvendo integrantes e ex-integrantes de seu staff junto ao Palácio Alencastro. “Como é que pode a gente entender uma deputada que se ocupa de falar tanta bobagem em tão pouco tempo? Se hoje existem muitos problemas em Cuiabá e no Estado, na Saúde Pública, porque, inclusive, pessoas como o pai dela desviou mais de R$ 500 milhões dos cofres públicos. E com que moral? Tem pessoas que vêm querer falar sem nenhuma autoridade, vêm querer falar e julgar o passado de um político com 34 anos de vida pública. Nunca tive nenhuma condenação, nunca fui ficha suja, nunca teve um político mais perseguido e com a gestão mais revirada do que a minha, nunca se chegou a provar nada, nunca chegou em nada nem perto do prefeito”, disparou Emanuel Pinheiro, durante entrevista à Rádio Vila Real, na manhã desta sexta-feira (6). As críticas de Janaina Riva foram feitas após a deflagração da "Operação Iterum", da Polícia Federal, na última quarta-feira, com o objetivo de desarticular uma quadrilha investigada pelo desvio de recursos públicos federais destinados à Saúde do Município de Cuiabá, com prejuízo aos cofres públicos estimados em R$ 13 milhões. Na ação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande, todos expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso. Entretanto, na avalição de Emanuel, se a legisladora realmente quiser demonstrar sua seriedade e comprometimento com o trabalho, ela deveria assinar o requerimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Parlamento Estadual para investigar possíveis fraudes contratuais no período da pandemia, no âmbito da Operação Espelho, que diz respeito à Secretaria Estadual de Saúde (SES). A proposta partiu do deputado estadual Wilson Santos (PSD), mas não saiu do papel por só ter conseguido seis das oito assinaturas necessárias. “Por que que não fala isso da Operação Espelho? Está lá na cara dela que ela não assina a Operação Espelho, a CPI da Operação Espelho, se ela é tão séria como está falando que é? Por que que ela não assina a CPI da Operação Espelho, o maior escândalo de corrupção na história da Saúde de Mato Grosso. Isso é um absurdo, tem que trabalhar, tem que largar essa politicagem de lado e pensar na população. Então, se quiser falar em honestidade de propósito ou em seriedade, que eu não reconheço, principalmente nessa interlocutora, primeiro assina a CPI da Operação Espelho”, desafiou Emanuel. PERMANÊNCIA NO MDB Na quarta-feira, Janaina Riva afirmou que o MDB não pode compactuar com a postura de Pinheiro e defendeu a expulsão de Emanuel Pinheiro do partido. Porém, o gestor afirma que o MDB em Cuiabá não é “nada” sem ele. “Emanuel Pinheiro é maior do que o MDB, com todo respeito a todos os companheiros do partido, o MDB sem Emanuel Pinheiro em Cuiabá não existe, não existe. Quem trouxe a vitória ao MDB na capital depois de Dante de Oliveira, que o último prefeito até então eleito pelo MDB em 1985 foi Emanuel Pinheiro em 2016”, garantiu. Por fim, Emanuel afirmou que possui uma boa relação com os dirigentes da Executiva Nacional, em especial o presidente Baleia Rossi e que o problema no MDB em Cuiabá se limita à família Riva. “O problema é isolado, esse problema pessoal da deputada, possivelmente por causa do rompimento com o pai dela. A gente nunca se deu bem, se é que aonde tiver um Riva, não estará Emanuel Pinheiro junto. Eu procuro respeitá-la, mas toda vez que ela quiser vir com essa conversinha fiada, vai ter que ter a resposta à altura, porque eu não reconheço nela e em ninguém, em nenhum político, no Estado a autoridade moral para falar de mim”, concluiu. | |
Fonte: FOLHAMAX Visite o website: https://www.folhamax.com/ |
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