Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra dois jovens suspeitos de roubar uma moto que apontam a advogada Thais Santos da Cruz, de 25 anos, como participante do crime em Bonfinópolis, na região central de Goiás. O delegado Carlos Levergger apontou que a jovem é suspeita de recrutar pessoas para cometer os crimes e que se passava por vítima quando era abordada.
Na gravação, Jhonatan Pereira Matias, de 19 anos, diz que conheceu a moça por outro nome em redes sociais e combinaram o crime. Também nas imagens, Danilo de Souza, 20 anos, confirma o que o colega diz.
“Eu conheci ela num grupo lá com outro nome. Eu chamei ela para trazer nós para roubar. Ela trouxe e ficou esperando nós lá para baixo [...] a moto eu ia vender e dividir o dinheiro entre nós três”, explicou.
De acordo com a Polícia Civil, os dois rapazes foram detidos na quarta-feira (10), junto com a advogada, mas não apresentaram advogados ainda. Já Thaís tem um defensor, mas a corporação não tinha acesso ao nome ou contato dele enquanto falou com a reportagem do G1.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) informou, por meio de nota, que "foi informada da prisão e designou um representantes de sua Comissão de Direitos e Prerrogativas para acompanhar a operação policial e preservar garantias profissionais". Ainda de acordo com o texto, "a Ordem também atua para que o inquérito observe o devido processo legal e, internamente, nas esferas ética e disciplinar em caso de condenação final pelo Poder Judiciário".
No caso do roubo em Bonfinópolis, de acordo com Levergger, a advogada levou os dois rapazes até uma empresa onde deveria ocorrer o assalto e, na hora de dar fuga, eles foram abordados por policiais. Na situação, conforme o investigador, Thaís se passou por vítima, mostrou registro de advogada e disse ter sido sequestrada pelos garotos e conseguiu fugir.
“Ela cria perfis em redes sociais e se apresentava com codinome. Ela capitalizada e recrutava menores ou pessoas jovens para cometer os crimes em sites de compra e venda de objetos roubados. Ela indicava o local e dava fuga para eles. Apuramos que ela fugiu assim de uma operação em Senador Canedo há cerca de um mês alegando que teria sido vítima”, explicou o delegado.
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